Seja tolerante. Seja paciente. Perdoe.
Na infância, para você crescer, foram necessárias várias tentativas. Você caiu, tomou choque, pôs a mão na água quente, mas nada disso era limite para você parar. Você precisava crescer. E você nem se lembra desses incidentes.
Hoje, você está crescido, e a tentativa é de uma redescoberta espiritual.
O sofrimento se manifesta no físico, sustentado na angústia, na incompreensão, na raiva. No momento, dói.
Mas, assim como na infância, você se esquece desses sentimentos.
O manto do esquecimento dá a referência de que não aconteceu com você. Embora muitas sejam as cicatrizes das experiências vividas.
Nessa etapa de sua vida, à medida que for tolerante, paciente e conseguir perdoar, esse manto de esquecimento se abate sobre você. E, dessa forma, você se esquece daquilo que magoou, doeu e machucou.
Mas o ser humano está impregnado pela intolerância e pela raiva.
Perdoar é esquecer. Mas você não esquece, porque não consegue perdoar quem ofendeu, ou melhor, o que ofendeu.
Quando alcançar esse sentimento, esquecerá de tudo. Para perdoar, é preciso suportar.
Só que ao invés de aguentar, você parte para o revide, arruma um culpado para o seu sofrimento.
Ninguém é capaz de perdoar o outro, só se é capaz de perdoar a si mesmo.
O outro pode alertá-lo, mas não pode convencê-lo. Diante do desencontro, você precisa conseguir perdoar.
O perdão não é sobre acontecimentos de natureza espiritual; mas sim sobre o que fere, quando é tirado algum bem material.
As ofensas de natureza emocional, você logo esquece; as de natureza mental, terminam no próprio momento, pois você nem se lembra o que foi dito; as físicas estão presentes, e precisam ser perdoadas.
Para alcançar o manto do esquecimento e se livrar das ofensas, é preciso tolerância, paciência e perdão.
É uma lei da natureza.
Texto extraído do livro: Talentos.
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