domingo, 16 de março de 2014

Depressão - Saiba mais sobre essa síndrome

 

 

 

O que é Depressão?

A depressão é uma síndrome clínica constituída de sintomas básicos, tais como: humor básico deprimido, inibição mental, inibição do impulso vital e transtornos do sono. Além destes, podem ocorrer os sintomas chamados associados, que são: ansiedade, transtornos do caráter e perturbações físicas. Os quadros clínicos dos estados depressivos são muito variados, de acordo com a predominância deste ou daquele sintoma.

Fatores de risco para a depressão

São considerados fatores de risco para a depessão:

  • Sexo feminino;
  • Idade superior a 35 anos;
  • História familiar de depressão/alcoolismo;
  • Ambiente familiar negativo;
  • Inexistência de um relacionamento íntimo;
  • Nascimento de um filho no último ano;
  • Uso de anti-hipertensivos, corticóides e betabloqueadores;
  • Doença física grave.

A causa da doença

A hipótese mais aceita é aquela que justifica a depressão pela menor quantidade ou disponibilidade de neurotransmissores na junção entre os neurônios.

Considera-se também como causas os aspectos genético e psicológico. Os Transtornos do Humor (a depressão, entre eles) são observados em diversos membros de uma mesma família. Já as teorias que apontam os fatores psicológicos como contribuintes para o aparecimento da depressão são: perdas reais, luto, agentes estressores, desordem familiar, desamparo e visão negativa de si mesmo.

Diagnóstico

O diagnóstico das síndromes depressivas é um procedimento essencialmente clínico. As teorias complementares de psicodiagnósticos não podem fornecer ajuda à prática clínica diária.

O pré-requisito para o diagnóstico é a suspeita clínica.

Na depressão maior, pelo menos cinco dos sintomas relacionados a seguir devem ocorrer concomitantemente, e pelo menos um dos dois primeiros deve estar obrigatoriamente presente. Além disso, os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas.

  • Humor deprimido na maior parte do dia, quase diariamente;
  • Redução significativa de interesse ou prazer em quase todas as atividades, na maior parte do dia, quase diariamente (percebida pelo próprio indivíduo ou por outrem);
  • Perda ou ganho significativo de peso;
  • Insônia/hipersônia;
  • Agitação/retardo psicomotor;
  • Fatigabilidade aumentada (redução de energia);
  • Sentimentos de auto desvalorização (culpa);
  • Redução da concentração (indecisão);
  • Idéias decorrente de morte ou suicídio.

Tratamento

As formas de tratamento podem ser agrupadas em medicamentosas e não medicamentosas.

A eletroconvulsoterapia (ECT), introduzida em 1938, é considerada tão ou mais eficaz que a terapia medicamentosa nos casos agudos. É utilizada em pacientes com depressão grave que apresentam risco de suicídio ou resistência ao tratamento com antidepressivos.

A psicoterapia tem como objetivo ajudar o paciente a superar sentimentos de inabilidade, incompetência e insuficiência.

Na terapia medicamentosa, os antidepressivos, prescritos nas doses terapêuticas, são extremamente úteis em diferentes aspectos da depressão nos seus diversos graus de severidade.

O tratamento deve ser mantido por, pelo menos, seis meses após a remissão do quadro agudo para evitar o reaparecimento da doença. Considera-se que 50% a 85% dos indivíduos que apresentam um episódio voltarão a ter outro. Por esta razão, recomenda-se tratamento preventivo após o segundo episódio depressivo, que pode ser de longa duração.

Data da Publicação: 15/02/2002

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