sexta-feira, 31 de julho de 2009

Culpa, ressentimento e a inversão dos valores em Nietzsche

Culpa, ressentimento e a inversão dos valores em Nietzsche
Para ser feliz, o homem precisa afirmar sua potência de vida. Quando essa é reprimida, ele leva uma existência submissa, apenas reativa. Sentimentos como culpa e ressentimento decorrem de valores estabelecidos pelo homem reativo

Por Amauri Ferreira -
filósofo e escritor. Ministra cursos, coordena grupos de estudos e desenvolve pesquisas pela Escola Nômade de Filosofia

Qual é a origem do pecado, da culpa, e do ressentimento? São sentimentos que se tornaram tão comuns que podem nos levar a acreditar que eles são inerentes ao homem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), em sua genealogia, nos diz que esses sentimentos são inseparáveis da moral judaico- cristã. É por essa moral que o homem experimenta continuamente uma repressão de seus impulsos ativos. Mas como esses impulsos não somem, é inevitável que haja um conflito entre uma moral que reprime e a nossa vontade de potência, que quer expandir-se. Assim, segundo o filósofo, o homem torna-se reativo quando vive limitado apenas à conservação da sua existência, o que faz multiplicar o seu sofrimento e a necessidade de viver cada vez mais submetido às promessas de recompensa oferecidas pelo poder sacerdotal. Dessa forma, o homem passa a ignorar um aspecto primordial da existência que é a criação, ou seja, é somente por meio da efetuação da sua natureza que o homem torna-se capaz de criar novos valores, de afastar para longe de si a culpa e o ressentimento.

Nesse sentido, Nietzsche nos diz que a felicidade corresponde ao crescimento da nossa potência, a uma constante diferenciação de si mesmo, o que torna desnecessária toda crença em um ideal ascético, isto é, em um modelo de perfeição que esmaga as diferenças.

Vontade de potência

Para Nietzsche, a natureza é constituída por uma multiplicidade de forças (ou impulsos) que estão permanentemente em conflito: forças que, ao assimilarem outras forças, crescem e expandem a sua potência; forças que, ao serem exploradas, reagem e tentam resistir à dominação. Nesse sentido, toda força é vontade de potência (ou vontade de poder), isto é, um impulso constante ao crescimento intensivo: "A vontade de poder só pode externar-se em resistências; ela procura, portanto, por aquilo que lhe resiste. [...] A apropriação e a incorporação são, antes de tudo, um querer-dominar, um formar, configurar e transfigurar, até que finalmente o dominado tenha passado inteiramente para o poder do agressor e o tenha aumentado" (A vontade de poder, 656). Portanto, as relações entre as forças envolvem necessariamente um desequilíbrio ou uma desigualdade entre elas, por isso sempre vão existir forças que são dominantes e outras que são dominadas. É evidente que se trata de uma hierarquia estabelecida pela potência das forças conflitantes e não uma hierarquia determinada pela representação da potência, que seria assegurada por intermédio de uma lei: "Acautelo-me de falar em 'leis'químicas: isso tem um sabor moral. Trata-se antes de uma verificação absoluta de proporções de poder: o mais fortalecido torna-se senhor do mais fraco, à medida que este não pode impor justamente o seu grau de autonomia, - aqui não há nenhum compadecer-se, nenhuma preservação, ainda menos um respeito a 'leis'!" (A vontade de poder, 630).

"Cada conquista do conhecimento decorre do ânimo, da dureza contra si, do anseio para consigo" Nietzsche

A força dominante é ativa, pois seu domínio ocorre em circunstâncias em que ela é capaz de agir e modificar a realidade estabelecida, expandindo, dessa forma, a sua potência. Já a força dominada é passiva ou reativa, pois, limitada pela mais forte, apenas reage ou adapta-se à dominação: "O que é 'passivo'? Ser tolhido no movimento que avança açambarcando: portanto, um agir da resistência e da reação. O que é 'ativo'? É o que açambarca poder, dirigindo-se para fora" (A vontade de poder, 657). Por isso Nietzsche faz a importante distinção entre nobres e plebeus, senhores e escravos: os nobres ou senhores são os que podem dominar os mais fracos, e os plebeus ou escravos são os explorados pelos mais fortes e, enquanto estiverem submetidos às forças mais potentes, estão impedidos de exercer um domínio sobre outras forças.

Bom e ruim

Essa distinção é fundamental para uma problematizaçã o da geração de valores. Ao mesmo tempo em que domina, o homem nobre interpreta, avalia, isto é, cria e impõe valores que derivam de uma afirmação da vida, de uma afirmação dos sentidos do corpo. Dessa maneira, ele considera "bom" todo aquele que é capaz de expandir a sua potência, metamorfoseando- se, e, ao contrário, considera "ruim" os que vivem entravados no impulso ao crescimento da potência, impedidos de se diferenciarem. Portanto, a origem do conceito "bom" está relacionada à própria ação efetuada pelo homem nobre - ele afirma a sua diferença. Isso quer dizer que "o juízo 'bom' não provém daqueles aos quais se fez o 'bem'! Foram os 'bons' mesmos, isto é, os nobres, poderosos, superiores em posição e pensamento, que sentiram e estabeleceram a si e a seus atos como bons, ou seja, de primeira ordem, em oposição a tudo que era baixo, de pensamento baixo, vulgar e plebeu. Desse phatos da distância é que eles tomaram para si o direito de criar valores, cunhar nomes para os valores: que lhes importava a utilidade!" (Genealogia da moral, primeira dissertação, 2).

 

Má consciência

Os conflitos entre as forças geram as impressões (ou imagens) que são recolhidas pela nossa consciência. Para Nietzsche, a consciência é de natureza reflexiva e reativa, porque ela apenas conhece os efeitos de uma atividade inconsciente (os conflitos entre as forças) e, a partir disso, podemos organizar as funções práticas da nossa existência. Ora, a doença do homem escravo e reativo está relacionada a uma "indigestão" das impressões recebidas. Ele torna-se cada vez mais incapaz de esquecer as impressões, o que lhe causa dor (já que são constantemente re-sentidas) , impedindo-o de abrir-se ao ineditismo de todo acontecer: "[...] a lembrança é uma ferida supurante. Estar doente é em si uma forma de ressentimento. [...] E nenhuma chama nos devora tão rapidamente quanto os afetos do ressentimento. [...] O ressentimento é o proibido em si para o doente - seu mal: infelizmente também sua mais natural inclinação" (Ecce Homo, Por que sou tão sábio, 6). Mas a doença do homem reativo torna-se ainda mais grave porque ele também experimenta uma crescente interiorização dos seus impulsos inconscientes, isto é, os impulsos ativos que o levariam à dominação são constantemente refreados, o que dá origem à má consciência: "Todos os instintos que não se descarregam para fora se voltam para dentro. [...] A hostilidade, a crueldade, o prazer na perseguição, no assalto, na mudança, na destruição - tudo isso se voltando contra os possuidores de tais instintos: esta é a origem da má consciência" (Genealogia da moral, segunda dissertação, 16).

"Fome" ou "falta" passam a constituir a vida do homem reativo que, limitado à conservação da sua existência, é incapaz de dar vazão à sua potência

Prisioneiro do ressentimento e da má consciência, o homem reativo passa a ter uma estranha noção da sua vontade de potência: faltaria a potência para preencher a sua vontade. Trata-se de uma vontade que quer a potência. A "fome" ou a "falta" passam a constituir a vida do homem reativo que, limitado apenas à dimensão da conservação da sua existência, é incapaz de dar vazão à sua potência, de assenhorar outras forças: "Não é possível tomar a fome como primum mobile: tampouco como autoconservaçã o: a fome concebida como consequência da subalimentação, quer dizer: a fome como consequência de uma vontade de poder que não está mais se assenhorando" (A vontade de poder, 652).

Mas a noção reativa de uma felicidade que está relacionada à posse de algo que, supostamente, preencheria a nossa vontade, somente pode deixar de existir quando a felicidade passa a relacionar-se à efetuação de potência - o que nos faz experimentar um crescimento intensivo, que provém da assimilação de outras forças: "O que é felicidade? - O sentimento de que o poder cresce, de que uma resistência é superada" (O anticristo, 2). Isso quer dizer que, ao contrário de quem está fraco, o homem ativo pode refrear a noção de uma "carência na vontade" porque simplesmente a sua alma se alimenta de tudo que os sentidos do corpo recebem, para, em seguida, devolver ao mundo um ato que expressa a sua diferença: "Tornar-vos vós mesmos oferendas e dádivas, é essa a vossa sede; e, por isso, tendes sede de acumular, na vossa alma, todas as riquezas" (Assim falou Zaratustra, Da virtude dadivosa, 1). Diferenciar- se de si mesmo é, sem dúvida, tornar-se o que se é.

O sacerdote ascético

Mas como os valores gerados pelos homens nobres e ativos foram invertidos pelos valores plebeus e reativos? O homem reativo sofre por estar vivo, e seu sofrimento parece interminável: enquanto permanece incapaz de experimentar a felicidade ativa, imagina que a sua dor terá um fim se finalmente encontrar a explicação para o seu tormento, juntamente com a esperança de alcançar, finalmente, a felicidade. Pois bem, o sacerdote ascético lhe oferece uma explicação e uma promessa de felicidade! A inversão da interpretação e avaliação nobre, pela reinterpretaçã o e reavaliação plebeia, somente teve êxito por meio de um agente organizador de rebanhos: o sacerdote judaico. Pela interpretação sacerdotal, os homens fortes passam a ser os culpados pela desgraça dos fracos, e considerados como uma ameaça permanente à conservação dos impotentes, ou seja, os homens fortes tornam-se os "maus" porque são egoístas, e os fracos tornam-se os "bons" porque não são egoístas.

Nietzsche nos diz que essa inversão de valores implicou uma falsificação do Deus judaico. Dessa forma, o Javé que era reverenciado por grandes festas, como forma de agradecimento pela boa fortuna na colheita, na pecuária, etc., foi transformado em um Javé que castiga e recompensa. Os "agitadores sacerdotais" criaram um Deus com a função de proteger o seu rebanho enfermo contra os homens sãos: "Originalmente, sobretudo na época dos reis, também Israel achava-se na relação correta, ou seja, natural, com todas as coisas. Seu Javé era expressão da consciência de poder, da alegria consigo, da esperança por si: nele esperava-se vitória e salvação, com ele confiava-se na natureza, que trouxesse o que o povo necessitava - chuva, principalmente. [...] Que aconteceu? Mudaram seu conceito. [...] Seu conceito torna-se instrumento nas mãos de agitadores sacerdotais, que passam a interpretar toda felicidade como recompensa, toda infelicidade como castigo por desobediência a Deus. [...] Observemo-los em ação: nas mãos dos sacerdotes judeus, a grande época de Israel tornou-se uma época de declínio; o exílio, a longa desventura transformou- se em eterna punição pela grande época - um tempo em que o sacerdote ainda não era nada..." (O anticristo, 25 e 26).

Ao contrário de uma comunidade sã que inventa um Deus para agradecer a sua boa fortuna, os homens impotentes inventam um Deus como meio de realizar a vingança contra os fortes e, também, pela necessidade da crença em uma realidade melhor do que a que vivem: o ideal, o mundo transcendente, a salvação, tornam-se artigos de fé que servem para alimentar a esperança do fim do sofrimento dos doentes, que apenas conhecem uma vontade: a de negar a vida. Atolados na lama do ressentimento e da má consciência, eles não veem outra saída a não ser encontrar os culpados por seus tormentos. Por intermédio do sacerdote judaico, os fracos interpretam os fortes como monstros... É estabelecida a inversão dos valores nobres pelos valores reativos: "Enquanto toda moral nobre nasce de um triunfante Sim a si mesma, já de início a moral escrava diz Não a um 'fora', um 'outro', um 'não-eu' - e este Não é o seu ato criador. Esta inversão do olhar que estabelece valores - este necessário dirigir-se para fora, em vez de voltar-se para si - é algo próprio do ressentimento; a moral escrava sempre requer, para nascer, um mundo oposto e exterior, para poder agir em absoluto - sua ação é no fundo reação" (Genealogia da moral, primeira dissertação, 10).

Com a interpretação sacerdotal, os homens fortes passam a ser culpados pela desgraça dos fraco

Os valores reativos triunfam por meio da multiplicação cada vez maior dos doentes. Quando Nietzsche diz que é necessário proteger os fortes contra os fracos, é precisamente pelo fato dos fracos, por se organizarem em rebanho, serem a maioria, envenenando toda vida saudável pela acusação ressentida. Então, os fortes abaixam a cabeça e pedem clemência - os seus instintos tornam-se reprimidos, assim como os do rebanho, e poderão participar, enfim, dos "benefícios" da sociedade reativa.

Mas a rebelião dos escravos tem um complemento, que é a interpretação da má consciência como a consciência da dívida, operada pelo sacerdote cristão: "Apenas nas mãos do sacerdote, esse verdadeiro artista em sentimentos de culpa, ele veio a tomar forma - e que forma! O 'pecado' - pois assim se chama a interpretação sacerdotal da 'má consciência' animal (da crueldade voltada para trás) - foi até agora o maior acontecimento na história da alma enferma: nele temos o mais perigoso e fatal artifício da interpretação religiosa" (Genealogia da moral, terceira dissertação, 20).

O "golpe de gênio do cristianismo", realizado pelo judeu Paulo de Tarso, consiste na interpretação da morte de Jesus Cristo como uma redenção pelos pecados de toda a humanidade. Dessa forma, o sentimento da dívida torna-se infinito: "[...] o próprio Deus se sacrificando pela culpa dos homens, o próprio Deus pagando a si mesmo, Deus como o único que pode redimir o homem daquilo que para o próprio homem se tornou irredimível - o credor se sacrificando por seu devedor, por amor (é de se dar crédito?), por amor a seu devedor!..." (Genealogia da moral, segunda dissertação, 21). Apesar do cristianismo inventado por Paulo ter dividido a humanidade em duas (antes e depois de Cristo), o Deus cristão não se opõe ao Deus judaico - é, sobretudo, a continuação dos valores nascidos do ressentimento e da negação da vida. Afinal, o "reino de Deus" é a promessa da felicidade eterna para quem? Para os sofredores, oprimidos, doentes, isto é, todos os que estão com a sua vontade de potência entravada.

"Se a fé não tornasse feliz, não haveria fé: então quão pouco valor ela deve ter!" NIETZSCHE

Como o poder da igreja depende que seus seguidores sintam-se pecadores, ela inventa proibições para que, somente assim, haja transgressão e, consequentemente, sentimento de culpa. Proibir o adultério, o uso de preservativos, o aborto, a eutanásia, etc., são dispositivos que servem para nascer, naquele que sofre, a consciência da dívida. Então, basta que o indivíduo tenha apenas o desejo de transgressão para que isso seja a "prova" suficiente do seu pecado e, como isso representa uma ameaça à salvação da sua alma, é inevitável que ele recorra, mais uma vez, ao poder sacerdotal: "A desobediência a Deus, isto é, ao sacerdote, à 'Lei', recebe então o nome de 'pecado'. [...] Psicologicamente, em toda sociedade organizada em torno ao sacerdote os 'pecados' são imprescindíveis: são autênticas alavancas do poder, o sacerdote vive dos pecados, ele necessita que se peque... Princípio supremo: 'Deus perdoa quem faz penitência' - em linguagem franca: quem se submete ao sacerdote" (O Anticristo, 26).

Nietzsche diz que é necessário proteger os fortes contra os fracos, porque os fracos são maioria e envenenam toda vida saudável com acusação ressentida

O bom e o mau segundo Nietzsche:

Em Genealogia da Moral, Nietzsche tenta mostrar que a moral - que define, entre outras coisas, o que é bom e o que é mau - é um conceito que surge num lugar e num tempo determinado, ou seja, é relativo e foi inventado pelo homem. A moral não é Metafísica (explicada por algo além do mundo material) e nem atemporal. Ao investigar como surgiu entre os povos o juízo de bom e mau, Nietzsche afirma que há duas morais: a do senhor e a do escravo. A do senhor afirma a vida e baseia o bom no que há de positivo em si (ser belo, forte), enquanto o ruim é quem está limitado ao aspecto reativo da existência (ser humilde, fraco). A do escravo surge do ressentimento, vê o forte como mau e, por oposição, ele próprio, como sendo o bom. Nietzsche dis que o judaísmo e, em seguida o cristianismo, consolidou a moral do escravo como a única vigente. Com isso, houve uma inversão daquilo que os próprios nobres consideravam bom. Segundo a avaliação do sacerdote judeu ou cristão, o bom (na moral do senhor) passa a ser considerado mau e o ruim (que é o fracona moral do senhor) passa a ser considerado bom.

Transvaloração

Por intermédio do método genealógico, Nietzsche nos mostrou que os valores superiores à vida, fundados pelo ressentimento e pela má consciência, atendem os interesses do homem reativo, que, por não afirmar a sua potência, precisa negar o mundo imanente e transformar o ideal, a imortalidade da alma, a identidade, o ser, o Criador, o bem, o justo e o verdadeiro, em valores inquestionáveis. Pela moral judaico-cristã , o rebanho impotente continua a crescer cada vez mais rápido na era dos mass media, já que estes servem para reforçar a consciência da identidade do rebanho: o pensamento de que "todos nós somos muito parecidos" oferece segurança aos fracos... Na época da democracia tudo é reproduzido em série, tudo se iguala, tudo se rebaixa, nada mais difere. E tudo o que é classificado de "diferente" passa a unir-se a um rebanho que está submetido a um modelo humano de perfeição - assim o homem reativo anseia por um fim dos conflitos entre as forças para alcançar a "felicidade da paz". Nietzsche não vê outra saída para o futuro do homem a não ser a transvaloração dos valores, o que implica uma transmutação da maneira que o homem vive - uma nova maneira de viver que se alimenta de todo acontecer para diferenciar- se, não pela representação da diferença, mas por uma potência da vida que, a cada retorno, não nos permite que sejamos o mesmo. Somente assim os valores modernos que estão impregnados pela moral judaico-cristã , como o "eu", a obediência, o progresso, a paz e tantos outros, são destruídos por valores muito mais nobres: a terra, o corpo, as sensações, o devir, o acaso, passam a ser desejados por quem aprendeu a amar a vida.






É feita uma associação, considerada indevida e ingênua pelos estudiosos da obra de Nietzsche, entre as ideias do filósofo e o nazismo. Ela decorre das críticas nietzschianas aos valores da moral cristã, de sua teoria da vontade de potência e do seu elogio ao super-homem. Muitos destes conceitos foram apropriados pelo nazismo, mas o filósofo deixou vários textos em que condena nacionalismos e totalitarismos 

 






Culpa é o que o sujeito sente quando avalia seus atos de forma negativa. O pecado, no sentido religioso, está ligado à culpa. Ele ocorre quando a pessoa comete algo que supostamente não é bem-visto pela divindade, quando transgride um tabu ou uma norma religiosa 

 

REFERÊNCIAS

Nietzsche. O Anticristo. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2007
_________.Genealogi a da moral. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998
_________.Ecce Homo. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1995
_________.A vontade de poder. Tradução: Marcos S. P. Fernandes e Francisco J. D. de Moraes. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008
_________.Assim falou Zaratustra. Tradução: Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003

Nenhum comentário:

Postar um comentário