quinta-feira, 16 de julho de 2009

1o PLENAFUP

Quando: de 02 a 05 de julho

fonte: FUP

PROGRAMAÇÃO DA 1º PLENAFUP








Quinta feira, 02
14:00 - Início do credenciamento14:00 - Oficina de comunicação -  “O uso de novos instrumentos e o desafio da comunicação operária na era digital”17:00 - Aprovação do Regimento Interno e eleição da mesa diretora

19:00 - Término do credenciamento e abertura da 1ª PLENAFUP

21:30 - Inauguração do refeitório da ELAA e confraternização

 

 








Sexta feira, 03
08:00 – Plenárias temáticas

  •     “Greve de 1995, quebra do monopólio e Lei 9.478"

  •     “A História de um Roubo: a Destruição do Monopólio Estatal e as Concessões  do Petróleo e Gás”


Palestrantes: Frederico Lisboa Romão - petroleiro, cientista social, professor da Universidade Federal de Sergipe; Normando Rodrigues - assessor jurídico da FUP e Sindipetro-NF

10:00 - Plenária temática

 

  •     “América Latina: recursos energéticos e soberania popular”


Palestrantes: João Pedro Stédile – coordenação nacional do MST; Tony León coordenador do Conselho Bolivariano dos Povos e presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela; João Antônio de Moraes – coordenador da FUP

 

12:30 – Almoço

 

14:00 - Oficinas temáticas sobre Saúde e Segurança

 

  • A NR-13 e o SPIE (aplicação do Acordo do SPIE, suas auditorias e o papel dos sindicatos)


Palestrante: Marcos dos Santos Amaral - representante da FUP no Comitê de Certificação da NR-13;

  • O Benzeno e a CNPBz (o risco do benzeno, o Acordo Nacional, o papel da Comissão Nacional e a participação dos sindicatos)


Palestrante: Itamar Sanches - representante da CUT/CNQ/FUP na Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz);

  • A CIPA e a Comissão de SMS (a organização das CIPAs, o novo anexo da NR-30,CIPAs em Plataformas, o papel da Comissão Nacional de SMS e das Comissões Locais)


Palestrante: Simão Zanardi - diretor de Saúde e Segurança da FUP

 

18:00 – Plenária temática

 

  • “A democratização dos meios de comunicação e os desafios dos movimentos sociais na Conferência Nacional de Comunicação”


Palestrantes: Jonas Valente - Intervozes e Comissão Organizadora Nacional da Conferência de Comunicação; João Paulo Mehl - Coletivo Soylocoporti e Comissão Paranaense Pró-Conferência de Comunicação

 

20:00 – Jantar e noite cultural

 

 








Sábado, 04
08:00 - Apresentação das teses de conjuntura e eleição da tese guia09:45 - Início dos trabalhos em grupos12:30 – Almoço

14:00 – Reinício dos trabalhos em grupo

20:00 – Jantar e noite cultural

 

 








Domingo, 05
08:00 – Plenária final para aprovação das pautas de reivindicações e demais deliberações13:00 – Almoço de encerramento

   

 

 




Reivindicações

Os delegados e delegadas aprovaram os índices econômicos, benefícios e condições de trabalho, saúde e segurança que farão parte das pautas de reivindicações da categoria. Todas as reivindicações aprovadas na PlenaFUP serão sistematizadas pelas assessorias da Federação para que as pautas sejam submetidas às assembléias de base e referendadas pelos trabalhadores. Algumas das reivindicações aprovadas:




 

 

 



  • Reposição da inflação tomando como base o ICV/Dieese do período, 10% de ganho real e mais produtividade, cujo índice será ainda definido;

  • Piso referente ao salário mínimo definido pelo Dieese, que atualmente é de R$ 1.970,00;

  • Hora extra a 150%;

  • Cancelamento de todas as punições praticadas pela Petrobrás;

  • Licença maternidade de seis meses e licença paternidade de dez dias úteis;

  • Pagamento das horas extras dos feriados trabalhados (dobradinha/extraturno);

  • Auxílio educacional para todos os níveis de ensino em valor único para ativos, aposentados, pensionistas e dependente, equivalente ao maior reembolso praticado pela Petrobrás;

  • Valorização das CIPAs;

  • Redução da jornada de trabalho;


Moção contra as punições praticadas pela Petrobrás – os delegados e delegadas da Plenária aprovaram por unanimidade moção de repúdio às punições praticadas pela Petrobrás contra os trabalhadores que participaram da greve nacional de março. Só na Bacia de Campos, foram cerca de 90 punições, que serão denunciadas pela FUP à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e entidades sindicais internacionais (ICEM, UIS/FSM), entre outras ações políticas. 

 


 

 

 

Planos de luta - a I PlenaFUP aprovou por unanimidade dois planos de luta que serão implementados simultaneamente: um para a campanha reivindicatória e outro para dar continuidade à campanha em defesa de uma nova Lei do petróleo:



Campanha reivindicatória

  • Denúncia das práticas antisindicais da Petrobrás à OIT, ICEM e UIS/FSM e outras ações políticas para reverter as punições contra os trabalhadores;

  • Calendário de mobilizações nacionais pelo extraturno, com paralisações de 8 horas nos turnos das unidades da Petrobrás, que serão aprovadas em assembléias a serem realizadas no próximo dia 11, quando os trabalhadores dos turnos da Replan e das demais bases do Sindipetro Unificado-SP estarão mobilizados pelo restabelecimento do pagamento das horas extras dos feriados trabalhados;

  • Realização de uma mobilização nacional contra as punições praticadas pela Petrobrás, na data em que a FUP e os sindicatos apresentarem à empresa a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Terá como eixo “Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo”;

  • Seminários regionais de qualificação de greve


Campanha por uma nova Lei do petróleo

  • Ato nacional em Brasília no dia 16 de julho, somando-se à passeata dos estudantes durante o Congresso Nacional da UNE

  • Integração à jornada nacional de luta das centrais sindicais pelas 40 horas semanais e em defesa da Convenção 158 da OIT (que garante proteção aos trabalhadores contra as demissões imotivadas);

  •  Ato nacional em Brasília no dia 19 de agosto, somando-se à mobilização da Via Campesina, MST e demais movimentos sociais;

  •  Integração à jornada de luta latino-americana e caribenha em defesa da soberania dos povos sobre os recursos energéticos e a água.




Imprensa da FUP

As pautas de reivindicações, as campanhas e os planos de luta foram discutidos pelos petroleiros e petroleiras no terceiro dia da PlenaFUP, em quatro grupos de trabalho. O resultado deste debate ratificou na plenária final que a luta por uma nova lei do petróleo deve continuar sendo priorizada pela Federação e seus sindicatos e ocorrer simultaneamente à campanha reivindicatória. Em relação às questões corporativas da categoria, foram aprovadas as pautas de reivindicações dos trabalhadores da Petrobrás e do setor privado, assim como os planos de luta para as campanhas em defesa de uma nova Lei do petróleo e de negociação com a estatal e as empresas privadas.




 

 

















No segundo dia de PlenaFup, delegados discutiram a democratização da comunicação

 

Imprensa do Sindipetro NF             


O I PlenaFUP teve em sua concepção de organização a preocupação em garantir mais espaço para os temas da sociedade para conhecimento e debate por parte dos delegados petroleiros. Um destes temas, que ocupou a noite de debates de ontem, foi o da democratização da comunicação no Brasil.


“Antes, vínhamos para o congresso e discutíamos Pauta de Reivindicações durante dois ou três dias. Desta vez também vamos fazer esta discussão, mas em um tempo menor, para destinar mais espaço na programação para tratar de outros temas que interessam a classe trabalhadora”, disse o diretor do Sindipetro-NF, Cláudio Alberto Souza.


Na mesa sobre Comunicação foi destacada a necessidade dos sindicatos petroleiros se engajarem na realização das conferências locais, estaduais e nacional de Comunicação. O movimento, que discutirá uma política de comunicação para o País, está sendo visto como oportunidade para lutar pela democratização da mídia.


No Brasil, apenas oito famílias, apelidadas de G-8 pelos participantes da plenária, dominam cerca de 80% do que é visto, ouvido e lido no país. Mesmo com todas as possibilidades da internet e das mídias alternativas, a concentração dos meios tradicionais de comunicação ainda representam obstáculo para a livre expressão das vozes populares.


Para o integrante da comissão pró-conferência, João Paulo Mehl, um dos integrantes da mesa, a conferência é uma conquista dos trabalhadores na busca pela regulamentação da comunicação, o que não significa censura. “Assim como o MST luta pelo fim do latifúndio, nós lutamos pelo fim do latifúndio midiático”, disse.


A mesa também teve a participação de Jonas Valente, do Coletivo Intervozes, que destacou que as decisões das conferências não necessariamente se transformam em política pública, mas são um passo importante para que isso aconteça, dependendo da capacidade de pressão da sociedade.


O diretor do Sindipetro-NF e da CUT-RJ, Vitor Carvalho, que atua na área de comunicação da central no Rio, e o vereador Danilo Funke (PT), de Macaé, também foram convidados para integrar a mesa, que foi mediada pelo diretor de comunicação da FUP, Marluzio Ferreira Dantas.


 fonte: CUT-RJ


http://www.cutrj.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=603


 Fonte: Imprensa FUP











06/07/2009
 Plenária consolida unidade de classe na luta pela soberania e em defesa dos trabalhadores  

Terminou no domingo, 05, a I Plenária Nacional da FUP, realizada na Escola Latino Americana de Agroecologia, localizada no Assentamento Contestado, do MST, no Paraná. A Plenária contou com a participação de 143 delegadas e delegados de todo o país, além de observadores, convidados e assessores, que, durante os cinco dias de debates conviveram com os camponeses, compartilhando os alojamentos, refeitório e todas as atividades políticas e culturais ocorridas. Foi a primeira vez que um fórum nacional de trabalhadores da cidade foi realizado em um assentamento do MST, fortalecendo e ampliando a unidade com os trabalhadores do campo. Um fato histórico, que ganhou repercussão e foi tratado com destaque por diversas entidades dos movimentos sindicais e sociais do Brasil e do mundo.


Unidade internacional


Além de consolidar a unidade de classe entre trabalhadores do campo e da cidade no Brasil, a I PlenaFUP também fortaleceu a aliança da Federação com as organizações sindicais internacionais. Pela primeira vez, a executiva da Federação Internacional dos Sindicatos de Minas, Energia, Química e Indústrias Diversas (ICEM) esteve presente a um fórum de debates dos petroleiros brasileiros. O secretário geral da ICEM, Manfred Warda, participou da solenidade de abertura da plenária, junto com a secretária de gênero da entidade, Carol Bruce. Eles ressaltaram a importância do fortalecimento da unidade internacional dos trabalhadores na luta por justiça social e contra a precarização do trabalho. O venezuelano Tony León, dirigente do sindicato dos trabalhadores de energia, e o paraguaio Constancio Mendonza, do sindicato dos eletricitários, também destacaram a urgência da construção de ações conjuntas em toda a América Latina, em defesa da soberania popular. Os dois dirigentes sindicais acompanharam todos os debates da PlenaFUP.

Fruto deste debate, a plenária aprovou a filiação da FUP a duas entidades internacionais importantes na luta pelo fortalecimento das organizações sindicais e da unidade da classe trabalhadora: ICEM, que é a Federação Internacional dos Sindicatos do Setor de Energia,  UIS/FSM, a União Internacional dos Sindicatos do Ramo de Energia e Água. No plano de luta, foi também aprovado que a FUP e seus sindicatos ampliem suas participações nas jornadas de luta latino-americana e caribenha em defesa da soberania dos povos sobre os recursos de energia e a água.


Moção contra golpe em Honduras
- os delegados e delegadas presentes à I PlenaFUP aprovaram por unanimidade uma moção contra o golpe militar que depôs o presidente de Honduras, um ataque à democracia em todo o continente latino- americano e caribenho.


Moção de solidariedade à luta dos paraguaios pela revisão do acordo da hidrelétrica Itaipu
- a plenária aprovou também moção de solidariedade à luta do povo do Paraguai pela revisão do acordo de tarifas de energia elétrica pagas pelo governo brasileiro ao país vizinho. A FUP participará das mobilizações convocadas pelos movimentos sociais e centrais sindicais do Paraguai em apoio a esta luta legítima e realizará ações também junto ao governo Lula.


Debates políticos e solidariedade


Diferentemente dos congressos anteriores da categoria, esta primeira PlenaFUP debateu em plenária, com todos os delegados e delegadas presentes, temas de conjuntura nacional e internacional que estão na ordem do dia dos movimentos sindicais e sociais. Questões, como soberania popular e energética na América Latina, uma nova Lei para o setor petróleo no Brasil, democratização dos meios de comunicação, direito de greve e saúde e segurança do trabalhador, abriram os debates dos petroleiros e camponeses que lotaram o auditório improvisado sob uma grande lona montada no assentamento do MST.

Também, de forma inédita, os petroleiros e petroleiras que realizarem a primeira plenária nacional da FUP na Escola de Agroecologia, mantida pela Via Campesina no assentamento do MST, selaram não só a unidade entre duas grandes organizações de luta (FUP e MST), como contribuíram de forma decisiva com obras de infra-estrutura e reformas nas instalações da escola. Melhorias que serão fundamentais para ampliar o projeto social e político da escola na defesa da soberania alimentar dos povos.


 

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