Chegando perto dos 60. O tempo mais uma vez da mudança. Hora do passe livre.
Tempo em que as rugas aparecem e não somem mais, só aumentam.
Distante das primeiras curvas da vida, o rosto de bebê, com suas ruguinhas e covinhas do inicio da vida, da fase de grande crescimento.
Ja vimos muita coisa, e quanto mais vemos, vemos que nada sabemos.
É o tempo do 60. O velho se senta e pensa, observa, vê, contempla. o tempo da reflexão, de percorrer todo o passado, da proximidade da última viagem, das despedidas e alguns novos encontros.
Do novo nascimento, a 3a idade. 2/3 da vida se passaram, chegou o último terço, hora de rezar um terço, agradecer a vida. Enfim, chegamos aos 60 num pais em que se pode morrer antes dos 10, de hepatite, meningite, dengue, balaperditite, acidente de ônibus, incêndio.
Hoje fui procurar a gata branca em meio ao mato. Ela não foi achada, deve ter colocado os filhotes em outro lugar depois de tanta gente curiosa. 4 filhotes, 3 brancos e um cinza, e um 5o que morreu atropelado antes de ter alguns meses de vida. Como explicar isto?
A natureza é assim, crua, cruel, aceite porque não tem jeito, uns vão cedo, outros mais velhos, a gata fez sua parte cruzou e agora cria os filhotes que sobraram. Não deve ter sentido a morte do filhote. Animais seguem seu caminho, a sina reprodutiva. a paz e luta dos gatos, maíferos em essência, nascer, crescer, reproduzir, viver a velhice dos gatos, felinos e mamíferos, parir e dar leite, e deixar seguir.
Onde a alma se encaixa nisto?
Nenhum comentário:
Postar um comentário