Todo 18 de fevereiro é o “Dia Internacional Síndrome de Asperger “, desde 2007. Como tudo na história do Autismo e do Asperger, essa data especial é recente. O dia 18 do mês de fevereiro foi escolhido em memória do nascimento de Hans Asperger, este austríaco foi o primeiro a descrever o Asperger como “Psicopatia Autista” em 1944.
Este ano, 2014, é o 70 º aniversário da publicação por Hans Asperger em seu trabalho sobre a definição de “Psicopatia Autista na infância” (” Autistische Psychopathen ” im Kindesalter). O termo “Síndrome de Asperger” foi usado depois por Lorna Wing, em 1981, que descobriu a obra citada e usou o termo. No entanto, foi apenas em 1996 quando a psiquiatra Sula Wolff traduziu para o Inglês o trabalho alemão de Grunya Iefimovna Soukhareva, que a nomenclatura “Síndrome de Asperger” veio à tona como a primeira referência de uma publicação científica com a referida síndrome.
Em 1994, a Síndrome de Asperger foi incluída no Manual Estatístico de Diagnóstico de Transtornos Mentais quarta edição (DSM -IV ), e logo desapareceu em sua quinta edição (DSM- V) ficando englobado dentro dos Transtornos Espectro do Autismo. Depois de quase 40 anos para o trabalho de Hans Asperger ser reconhecido, 70 anos para o trabalho de Soukhareva vir à luz e 50 anos para apresentar a Síndrome de Asperger, a síndrome foi removida no Manual.
Nada no Asperger ainda parece ser claro. Há ainda muitos mitos e com tanto vai e vem não é de se estranhar que seja assim. Muitas pessoas afirmam que é simplesmente uma condição, uma forma diferente de entender o mundo ao seu redor, o que não é melhor ou pior, apenas diferente.
Mas não há dúvida de que essas diferenças podem complicar a vida das pessoas com Asperger.
E esse é um dos problemas com as chamadas “deficiência invisíveis”.
Muitos jovens e adultos com Asperger têm enormes problemas para ter uma vida plena na sociedade. Para conseguir emprego compatível com as suas capacidades, ou para desenvolver as relações sociais. Não existem só crianças com Asperger, há adultos também. Eles crescem e querem desempenhar todas as atividades e papéis de um adulto, mas a base do conflito social é a mesma independente da idade, mas as consequências não são, obviamente, as mesmas.
Uma das principais dificuldades das pessoas com síndrome de Asperger está relacionada com a sua inclusão social. Isso aumenta o tempo de episódios de ansiedade ou depressão. Sabemos que o estresse emocional em pessoas com síndrome de Asperger é comum. E o consumo de antidepressivos e ansiolíticos acompanha essa realidade que claramente é fruto dessa forma social e legal do Asperger ser visto.
Alguns dos principais problemas em pessoas com Síndrome de Asperger na idade adulta são:
– A falta de diagnóstico ou a negação do mesmo.
– Depressão, ansiedade, obsessões..
– Ambientes familiares instáveis.
– Agressão, tanto no trabalho e nos contextos sociais em geral, tornando-se uma extensão de sua infância, onde podem vir a entender como “normal” esse tipo de comportamento em relação a eles.
– Baixa auto-estima.
Estes constrangimentos sociais, motivados por problemas na correta compreensão das regras sociais, por discursos monotemáticos ou por problemas relacionados à sinceridade e discursos franqueza, determinam uma qualidade de vida negativa.
A necessidade de receber apoio é fundamental para jovens e adultos com Síndrome de Asperger. Talvez seja a hora de levar em conta que muitas pessoas nunca receberam a devida atenção (ou nenhuma atenção) e que nunca tiveram oportunidades de acordo com suas diferenças. E, isto pode significar a diferença entre ter ou não uma vida plena. Uma vida que depende de uma maturidade da sociedade que ainda não existe. Estamos torcendo para que essa realidade mude e que cada vez mais tenhamos motivos para comemorar o dia 18 de Fevereiro.
Este é Max, da animação australiana Mary and Max, ele tem Síndrome de Asperger e olha o que está escrito na camisa dele. Pois é… liberdade!
Quer saber mais? Baixe aqui a Ficha Apifarma Sídrome Asperger =)
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fonte: autismodiario.org
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