Greve de na Repar conquista proposta vitoriosa
Após 17 dias de greve, cerca de dez mil trabalhadores terceirizados da Repar e da Fosfértil, no Paraná (Sindipetro-PRSC), arrancaram dos patrões uma contraproposta que está sendo aprovada pela categoria. A unidade dos trabalhadores foi fundamental para o avanço nas negociações. Eles resistiram ao assédio dos patrões e às práticas antissindicais da Petrobrás, que chegou, inclusive, a entrar com interdito
proibitório contra os seis sindicatos e a CUT-PR. Após meses de tentativa de negociação e quatro audiências de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-Paraná), a comissão patronal, representante das 31 empresas que prestam serviço para a Repar e a Fosfértil, apresentou, finalmente, na quinta-feira, 23, uma proposta com avanços
Além de reajuste salarial de 10% (cujo aumento real é de 4,5%), os patrões propuseram piso de R$ 726,00 (garantindo ganho real de 7,5% em relação ao piso anterior), ajuda de custo e cesta básica de R$ 150,00, horas extras de 60% e 120%, PLR de um salário básico, cesta natalina de R$ 100,00, folgas de um a três dias para trabalhadores que moram a mais de 200 km de distância do local de trabalho, garantia no emprego de 45 dias após a greve, entre outras conquistas. Os trabalhadores estão aprovando em assembléias a proposta arrancada na greve. As assembléias seguem até segunda-feira, 27 (julho de 2009).
Protagonismo da CUT
Pela primeira vez, a CUT atuou como a principal entidade representativa dos trabalhadores, à frente da organização e condução de uma greve, envolvendo seis sindicatos. A Central também conduziu as negociações com os patrões, atuando como articuladora de todo o processo. “A unificação da greve
e da negociação, tendo a CUT como fio condutor, foi fundamental para os avanços e conquistas obtidos. É um momento histórico para a Central, que legitimou na prática o reconhecimento como entidade representativa dos trabalhadores, interlocutora dos sindicatos e negociadora”, destaca Anselmo Ruoso, diretor do Sindipetro-PR/SC e da FUP. Ele ressaltou também a importância da solidariedade de classe
dos sindicatos do estado do Paraná, que enviaram apoio e ajuda aos trabalhadores grevistas.
Práticas antissindicais- durante a reunião da Comissão de Terceirização, ocorrida no dia 21, a FUP criticou o descaso da Petrobrás com as reivindicações dos trabalhadores terceirizados da Repar e condenou as
práticas antissindicais da empresa.
No último dia 16, a CUT Paraná, o Sindipetro-PR/SC e outros cinco sindicatos do estado foram notificados com interditos proibitórios ingressados pela Petrobrás, impondo multas diárias de R$ 100 mil a cada entidade sindical. Apesar da truculência e autoritarismo, os trabalhadores resistiram à pressão e mantiveram a greve até conquistarem uma proposta com avanços.
Fonte:
Primeira Mão (FUP) http://www.fup.org.br/email_geral/fup_572.pdf
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