Sai a andar e desanuvia a cabeça.
Põe-te a caminho e olha para cima, para os lados, para a
terra. Entrega-te ao caminhar e, na medida que andes,
convence-te de que te encaminhas para algo melhor. Enche
de ar puro os pulmões e, a cada passo, imagina que entram
a força para trabalhar e fazer bem feito, a solução para os
problemas, a calma nas decisões, o melhor relacionamento
com os outros, a clareza nos objetivos, a compreensão das
coisas, o aumento da liberdade, da esperança e da paz.
Enquanto caminhas por fora, caminhas por dentro.
A felicidade, para ser verdadeira, anda com um pé na alegria
e outro na dificuldade. Ânimo!
Dhammapada v.124
(Mensagem envida por Luciano Inácio)
Muitas vezes andamos tão concentrados
em nossas obrigações e responsabilidades diárias
que nem percebemos algumas mudanças
que estão acontecendo ao longo de nossas vidas.
A tendência atual das pessoas de
frequentarem os mesmos ambientes e
de terem um relacionamento mais ou menos
sistemáticos com um determinado grupo de pessoas
nos impedem de ver mais nitidamente
a falta que alguns valores,
que fomos perdendo ao longo dos tempos, nos fazem.
Senão vejamos: no trânsito,
é um tal de atravessar sinal fechado
desrespeitar a sinalização e uma correria desenfreada,
que o antigo prazer de dirigir, vem sendo substituído
por um trânsito intenso, cada vez maior…
De confiança nem é bom comentar,
os homens hoje estão pedindo aval,
garantia e outras exigências mais
que só anda faltando exigir fiador
para se permitir que alguém nasça
e tenha o Direito de Viver neste mundo.
Mas dentre tantos valores que estamos sendo privados,
um que anda fazendo tanta falta
e que a gente há bastante tempo, praticamente,
não tem notícia é o da Tolerância
principalmente quando se refere no relacionamento a dois.
Parece que hoje as pessoas são capazes de tudo,
menos de se tolerarem.
E o que se vê é a desunião crescendo
pelos choques de interesses e
os sentimentos ficando muito frágeis e volúveis.
Com isso o amor entre as criaturas
está morrendo antes de amadurecer.
É que de tanto querer,
sem saber admirar, respeitar e tolerar
as pessoas estão acabando por negar ao Amor,
o Direito de Viver.
Passado, presente, futuro
Fruto da memória
Cantos resgatados da alma coletiva
De um ontem que é hoje e amanhã
Tão velhos e tão novos
Nascem e morrem, num único instante
Terminam onde começam
Jamais existiram, mas são eternos
Como tú ciborg primata,
Feixe de velhos arquivos
Ora cansado, ora guerreiro
Sempre trancado por dentro
Arranca tuas máscaras
Abre teus ouvidos
E escuta!
Entre duas batidas de um coração
E esvazia-te, pule, dance, e
até grite se preciso for
E celebre a vida
Não a minha, não a tua
A verdadeira e única vida
Você.
Oração do Dia – DESENCANTO
Nas ruas, Meu Pai, pessoas de semblante frio esbarram em mim ostentando declarado desdém pela sorte alheia; se pedestre, não encontro espaço certo para uma travessia segura; se motorista, sempre há alguém para atravessar a rua impedindo-me de prosseguir… No trabalho, companheiros ambicionam-me o cargo; eu, por minha vez, nunca estou satisfeito com o cargo que tenho… Se sou correto, meu superior me sufoca; se sou negligente, ameaça-me com demissão… No lar, valho minha conta bancária, meu carro; se trabalho muito, sou ausente; se trabalho pouco, sou relapso e negligente…
Por isso, esse sentimento amargo aqui dentro e que deixa o mundo menor, deixa as pessoas pequenas e dá um preço irrisório a tudo o que criastes!
Mas não queria que fosse assim… Sinto, meu Deus, que posso ser muito mais do que tenho sido ultimamente, um juiz decadente e cansado de minha própria vida, querendo sim, ser mais alegre, resignado e bom, porém com o coração transbordando desencanto e fel…
Por isso estou aqui, em busca de novo estímulo para a minha vida…
Ajuda-me, Senhor, a não julgar os outros pelo que fazem mas mostra-me como posso tranformá-los mostrando-lhes o que eu faço; cura-me deste hábito de dar as costas quando sinto repulsa por aquilo que meu próximo diz ou faz e mostra-me como devo agir para que ele renove hábitos e linguagens na minha frente…
Corrige-me o coração enquanto é tempo, meu Pai, retirando dele a convicção que a vida é irrecuperável, e modela-o conforme Tua Lei, para que eu aprenda a viver com menos preconceitos e julgamentos e com mais misericórdia, alegria e amor!…
Assim seja!
Fazer a paz
A paz será alcançada com a resolução das tensões humanas. Entende-se, então, a árdua tarefa na adoção do pacifismo como conduta planetária, por depender da adesão total da humanidade. A tolerância destaca-se como um dos elementos essenciais, nessa construção, pois a comunhão de objetivos forma-se na diversidade das ações, na aceitação das diferenças.
Contrariamente à paz, espera-se que o outro mude, corrija-se, elimine seus erros, adeque-se aos nossos modelos. Assim, vestuário, sexualidade, religiosidade, etiquetas, convenções sociais são filtradas e observadas com particularismos. Não se vê o outro, em si. Vê-se o outro sob modelo do eu. Esse é o terreno fértil em intolerância.
Há um projeto esperando concretização: reconstrução moral.
Há uma obra requerendo desenvolvimento: a pavimentação espiritual dos nossos caminhos, por onde o outro possa passar, porém, usando sua própria luminosidade.
Há um mundo a ser conquistado: a intimidade do próximo, usando roteiros de amor.
Falta uma boa ação no seu currículo divino: manter a mão estendida a quem necessitar.
Há tempo, ainda, para o maior pedido: força, sustentação e inspiração para evoluir.
Falta um gesto no seu repertório libertador: os braços abertos a todos que buscam aconchego.
Felicidade…
De tudo ao meu amor serei atento
Antes,e com tal zelo, e sempre ,e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vive lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim,quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, a angústia de quem vive
Quem sabe a solidão,fim de quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal,posto que é chama
Mas que seja ,infinito enquanto dure
Verdade e Amor
Quando o homem chega a plenitude do amor neutraliza o odio de milhoes. A minha forma mais profunda a de que possamos mudar o mundo pela verdade e pelo amor. Quem busca a verdade, que obedece a lei de amor, não pode estar preocupado com o dia de amanhã.
Mahatma Ghandhi
DE: http://christianefirmiano.wordpress.com/2008/01/08/andar-e-alcancar-a-paz/
Nenhum comentário:
Postar um comentário