A depressão é uma síndrome clínica constituída de sintomas básicos, tais como: humor básico deprimido, inibição mental, inibição do impulso vital e transtornos do sono. Além destes, podem ocorrer os sintomas chamados associados, que são: ansiedade, transtornos do caráter e perturbações físicas. Os quadros clínicos dos estados depressivos são muito variados, de acordo com a predominância deste ou daquele sintoma. |
Fatores de risco para a depressão
São considerados fatores de risco para a depessão:
- Sexo feminino;
- Idade superior a 35 anos;
- História familiar de depressão/alcoolismo;
- Ambiente familiar negativo;
- Inexistência de um relacionamento íntimo;
- Nascimento de um filho no último ano;
- Uso de anti-hipertensivos, corticóides e betabloqueadores;
- Doença física grave.
A causa da doença
A hipótese mais aceita é aquela que justifica a depressão pela menor quantidade ou disponibilidade de neurotransmissores na junção entre os neurônios.
Considera-se também como causas os aspectos genético e psicológico. Os Transtornos do Humor (a depressão, entre eles) são observados em diversos membros de uma mesma família. Já as teorias que apontam os fatores psicológicos como contribuintes para o aparecimento da depressão são: perdas reais, luto, agentes estressores, desordem familiar, desamparo e visão negativa de si mesmo.
Diagnóstico
O diagnóstico das síndromes depressivas é um procedimento essencialmente clínico. As teorias complementares de psicodiagnósticos não podem fornecer ajuda à prática clínica diária.
O pré-requisito para o diagnóstico é a suspeita clínica.
Na depressão maior, pelo menos cinco dos sintomas relacionados a seguir devem ocorrer concomitantemente, e pelo menos um dos dois primeiros deve estar obrigatoriamente presente. Além disso, os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas.
- Humor deprimido na maior parte do dia, quase diariamente;
- Redução significativa de interesse ou prazer em quase todas as atividades, na maior parte do dia, quase diariamente (percebida pelo próprio indivíduo ou por outrem);
- Perda ou ganho significativo de peso;
- Insônia/hipersônia;
- Agitação/retardo psicomotor;
- Fatigabilidade aumentada (redução de energia);
- Sentimentos de auto desvalorização (culpa);
- Redução da concentração (indecisão);
- Idéias decorrente de morte ou suicídio.
Tratamento
As formas de tratamento podem ser agrupadas em medicamentosas e não medicamentosas.
A eletroconvulsoterapia (ECT), introduzida em 1938, é considerada tão ou mais eficaz que a terapia medicamentosa nos casos agudos. É utilizada em pacientes com depressão grave que apresentam risco de suicídio ou resistência ao tratamento com antidepressivos.
A psicoterapia tem como objetivo ajudar o paciente a superar sentimentos de inabilidade, incompetência e insuficiência.
Na terapia medicamentosa, os antidepressivos, prescritos nas doses terapêuticas, são extremamente úteis em diferentes aspectos da depressão nos seus diversos graus de severidade.
O tratamento deve ser mantido por, pelo menos, seis meses após a remissão do quadro agudo para evitar o reaparecimento da doença. Considera-se que 50% a 85% dos indivíduos que apresentam um episódio voltarão a ter outro. Por esta razão, recomenda-se tratamento preventivo após o segundo episódio depressivo, que pode ser de longa duração.
Data da Publicação: 15/02/2002
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