quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ex-sindicalistas ocupam postos estratégicos em gerências da Petrobras

Ex-sindicalistas ocupam postos estratégicos em gerências da Petrobras

Ricardo Noblat

RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO - Pelo menos 22 ex-sindicalistas ocupam postos estratégicos em gerências da Petrobras, da Transpetro e da Petros, o fundo de pensão da estatal, informam  Chico Otavio  e Tatiana Farah na edição deste domingo em O GLOBO. (final de junho de 2009)

Desses, 14 são ligados ao PT - como ex-candidatos, ex-parlamentares, colaboradores de governo, doadores de campanha - e um ao PCdoB. Três processaram a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), e um acompanhou o MST na invasão à sede da ANP. Hoje comandam a distribuição de verbas da estatal, girando uma máquina que financia projetos em 938 prefeituras.

'Passei para o lado de cá, da gestão empresarial'. As gerências de Comunicação da Petrobras estão entregues a ex-sindicalistas, a maioria ligada à CUT e ao PT, porque eles conhecem bem os setores de produção e têm facilidade com projetos sociais. A explicação foi dada pelo gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, ele próprio um ex-sindicalista, em entrevista ao GLOBO.

Santarosa se considera um especialista em previdência social. Eleito, em 1995, conselheiro do fundo de pensão da Petrobras (Petros), disse que levantou detalhes de todos os problemas dos planos de aposentadoria da estatal, razão pela qual foi convidado pelo então presidente da estatal, José Eduardo Dutra, para assumir a presidência do Conselho em 2003.

- Passei para o lado de cá, da gestão empresarial. Em vez de guerra judicial, buscamos a via da negociação com os participantes. Foram seis anos até chegarmos a um acordo. Houve a repactuação, e a Petrobras se comprometeu a depositar R$ 5,7 bilhões no fundo - disse.

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