quinta-feira, 9 de julho de 2009

Surgente de 2002 já falava de Assédio Moral

Sindipetro-RJ

http://www.sindipetro.org.br/100/b930/s-0930p2.htm

N° 930 - 20 A 26 DE NOVEMBRO DE 2002 - PÁGINA 2

Denuncie o assédio moral                                                                                                 
Foi de um dia para o outro que Maria do Carmo viu sua vida mudar por completo. Trabalhava há cinco anos numa indústria química, sem nunca ter tido qualquer espécie de problema no trabalho. Sem nenhuma explicação, o gerente de seu setor começou a perseguí-la e a humilhá-la. Gritava com ela na frente de todos, criticava constantemente seu trabalho e controlava cada passo seu.
Maria procurou um advogado e soube então que era vítima de assédio moral.
E o que significa esse termo? - É o mesmo que violência moral: trata-se da exposição de trabalhadores à situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. A explicação está na cartilha “Assédio Moral – Violência psicológica que põe em risco sua vida”, produzida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região.
A cartilha é resultado da pesquisa elaborada pela médica do trabalho Margarida Barreto realizada junto a 2072 trabalhadores de 97 empresas de grande, médio e pequeno porte dos setores químico, farmacêutico da base deste sindicato. Entre os pesquisados, 42% apresentavam histórias de humilhação e constrangimentos. Foram detectadas 494 mulheres e 376 homens com problemas. Margarida, que continua pesquisando o assunto para sua tese de doutorado garante: mais de 30% da população economicamente ativa do país sofre desse mal (leia entrevista com a médica na página 4).

Histórico do conceito – A violência moral no trabalho começou a ser estudada, sob a denominação “mobbing”, há 27 anos por Carrol Brodsky e em 1990 por Heinz Leymann, nos Estados Unidos.
Na Inglaterra é conhecido como “bullying” ou “terror psicológico”, ou “psicoterror”, ou ainda, “tirania no trabalho”. Na França, a pesquisadora Marie France Hirigoyen chama de “harcèlement moral” e, finalmente, os japoneses a denominam como “ijime”.

Descoberta pela medicina – Apesar de velho socialmente, no Brasil, o conceito só está sendo discutido agora. A opinião dos estudiosos é que o fenômeno tem se intensificado no mundo do trabalho nestes últimos anos de globalização neoliberal.

De acordo com a advogada do Sindipetro-RJ, Dra. Adilza de Carvalho Nunes (juridico@sindipetro.org.br) , no Brasil, a política econômica do Governo Federal tem contribuído para o aumento do assédio moral, em função das privatizações. “As privatizações reforçaram ainda mais os planos de demissões incentivadas e demissões arbitradas, que geraram um grande contingente de profissionais em busca de um lugar num mercado já saturado. Essa nova política gerou uma competição desumana, onde o homem não respeita mais o outro homem, acentuou o individualismo com o disfarce de “homem competitivo” e, portanto, apto e adequado para o mundo atual”, critica.

Reagir – Todas as entidades interessadas no assunto orientam o trabalhador a reagir caso sinta-se vítima de assédio moral. Os sindicatos podem ajudar e muito. A iniciativa do Sindicato dos Químicos de São Paulo deve ser seguida. A CNQ/CUT deu outro bom exemplo ao lançar também uma cartilha sobre o tema, em sua última Plenária Nacional. Os sindicatos devem estar prontos a orientar seus associados. Tanto o Departamento Jurídico (juridico@sindipetro.org.br) como a Secretaria de Saúde Tecnologia e Meio Ambiente (sms@sindipetro.org.br  ) do Sindipetro-RJ encontram-se à disposição para prestar todas as informações, sobre o assunto. Você pode ainda obter maiores informações através da página www.assediomoral.org .

Conheça a cartilha
Assédio moral - Violência psicológica que põe em risco sua vida

Manual editado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região, em novembro de 2001, com 27 páginas. Coleção saúde do trabalhador n° 6. Concepção e texto Dra. Margarida Barreto. Pedidos: sindquim@uol.com.br

[caption id="attachment_1870" align="aligncenter" width="120" caption="Pittbull"]Pittbull[/caption]

tem estilo agressivo, durão e perverso em palavras e atos.                 

chefiagarganta

ele vê o futuro e, para ele, tudo acontece segundo suas previsões.     

chefiaagressor            

é do tipo grosso, estúpido, chega a ser ridículo.                      

é aquele que não conhece bem o seu trabalho mas conta vantagens. Seu desespero é saber que um subordinado sabe mais que ele.                       

é aquele que esconde sua incapacidade e dificuldade nos gritos que dirige aos subordinados.             

chefiairmao

é aquele que conversa com um, sorri para outros e dá tapinha nas costas para conquistar a confiança de seus subordinados. Utiliza as informações que obtém contra sua equipe ou contra um trabalhador.             
 
 Denuncie o assédio moral
 
  
 
 
 
  
Foi de um dia para o outro que Maria do Carmo viu sua vida mudar por completo. Trabalhava há cinco anos numa indústria química, sem nunca ter tido qualquer espécie de problema no trabalho. Sem nenhuma explicação, o gerente de seu setor começou a perseguí-la e a humilhá-la. Gritava com ela na frente de todos, criticava constantemente seu trabalho e controlava cada passo seu. Maria procurou um advogado e soube então que era vítima de assédio moral.
E o que significa esse termo? - É o mesmo que violência moral: trata-se da exposição de trabalhadores à situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. A explicação está na cartilha “Assédio Moral – Violência psicológica que põe em risco sua vida”, produzida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região. A cartilha é resultado da pesquisa elaborada pela médica do trabalho Margarida Barreto realizada junto a 2072 trabalhadores de 97 empresas de grande, médio e pequeno porte dos setores químico, farmacêutico da base deste sindicato. Entre os pesquisados, 42% apresentavam histórias de humilhação e constrangimentos. Foram detectadas 494 mulheres e 376 homens com problemas. Margarida, que continua pesquisando o assunto para sua tese de doutorado garante: mais de 30% da população economicamente ativa do país sofre desse mal (leia entrevista com a médica na página 4).Histórico do conceito – A violência moral no trabalho começou a ser estudada, sob a denominação “mobbing”, há 27 anos por Carrol Brodsky e em 1990 por Heinz Leymann, nos Estados Unidos. Na Inglaterra é conhecido como “bullying” ou “terror psicológico”, ou “psicoterror”, ou ainda, “tirania no trabalho”. Na França, a pesquisadora Marie France Hirigoyen chama de “harcèlement moral” e, finalmente, os japoneses a denominam como “ijime”.Descoberta pela medicina – Apesar de velho socialmente, no Brasil, o conceito só está sendo discutido agora. A opinião dos estudiosos é que o fenômeno tem se intensificado no mundo do trabalho nestes últimos anos de globalização neoliberal. De acordo com a advogada do Sindipetro-RJ, Adilza de Carvalho Nunes, no Brasil, a política econômica do Governo Federal tem contribuído para o aumento do assédio moral, em função das privatizações. “As privatizações reforçaram ainda mais os planos de demissões incentivadas e demissões arbitradas, que geraram um grande contingente de profissionais em busca de um lugar num mercado já saturado. Essa nova política gerou uma competição desumana, onde o homem não respeita mais o outro homem, acentuou o individualismo com o disfarce de “homem competitivo” e, portanto, apto e adequado para o mundo atual”, critica.Reagir – Todas as entidades interessadas no assunto orientam o trabalhador a reagir caso sinta-se vítima de assédio moral. Os sindicatos podem ajudar e muito. A iniciativa do Sindicato dos Químicos de São Paulo deve ser seguida. A CNQ/CUT deu outro bom exemplo ao lançar também uma cartilha sobre o tema, em sua última Plenária Nacional. Os sindicatos devem estar prontos a orientar seus associados. Tanto o Departamento Jurídico como a Secretaria de Saúde Tecnologia e Meio Ambiente do Sindipetro-RJ encontram-se à disposição para prestar todas as informações, sobre o assunto. Você pode ainda obter maiores informações através da página www.assediomoral.org.
 
 
 
 Conheça a cartilha
Assédio moral - Violência psicológica que põe em risco sua vidaManual editado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região, em novembro de 2001, com 27 páginas. Coleção saúde do trabalhador n° 6. Concepção e texto Dra. Margarida Barreto. Pedidos: sindquim@uol.com.br.
 
 
 
 
 
 tem estilo agressivo, durão e perverso em palavras e atos.
 
 
 
 ele vê o futuro e, para ele, tudo acontece segundo suas previsões.
 
 
 
 é do tipo grosso, estúpido, chega a ser ridículo.
 
 
 
  
 
  
 
 é aquele que não conhece bem o seu trabalho mas conta vantgens. Seu desespero é saber que um subordinado sabe mais que ele.
 
  
 
 é aquele que esconde sua incapacidade e dificuldade nos gritos que dirige aos subordinados.
 
  
 
 é aquele que conversa com um, sorri para outros e dá tapinha nas costas para conquistar a confiança de seus subordinados. Utiliza as informações que obtém contra sua equipe ou contra um trabalhador.

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