Publicado: 30/04/2014 16:08 BRT Atualizado: 30/04/2014 16:12 BRT
PIB dos Estados Unidos deve deixar em breve de ser o maior do mundo pelo critério de paridade de poder de compra, de acordo com novo relatório do Banco Mundial
Um novo relatório do Banco Mundial divulgado ontem mostra que estão mudando os centros de gravidade da economia global.
Pela primeira vez desde 2005, o Programa de Comparação Internacional atualizou os seus dados e sua metodologia para medir o tamanho de 199 economias de acordo com o critério de paridade de poder de compra.
O "PPP" estima o PIB com base no real custo dos preços e serviços, como se todos os países tivessem uma moeda comum, e não nas taxas de câmbio, que são voláteis e dão um peso desproporcional para quem tem moeda forte.
China X EUA
De acordo com o relatório, a China teve em 2011 um PIB com valor equivalente a 87% dos Estados Unidos - um grande salto em relação a 2005, quando era de 43%.
Como a economia chinesa cresce cerca de duas vezes mais rápido que a americana, tudo indica que ela deve se tornar a maior do mundo ainda este ano em PPP.
Pelo critério de taxas de câmbio, o PIB americano (US$ 16,2 trilhões) ainda é quase o dobro do chinês (US$ 8,2 trilhões). Os EUA também ganham de lavada no PIB per capita, que é de US$ 50 mil - 5 vezes maior que o chinês.
Conclusões
O PIB mundial é maior com o critério de PPP (US$ 90 trilhões) do que com o critério de câmbio (US$ 70 trilhões). O critério de PPP também coloca os países de renda média como responsáveis por 48% do PIB global - muito acima dos 32% registrados pelo critério de taxas de câmbio.
O Banco Mundial aponta outras grandes mudanças que aconteceram no intervalo entre 2005 e 2011.
A Índia passou do décimo para o terceiro lugar entre as maiores economias do mundo, desbancando o Japão.
O Brasil é a sexta maior economia de acordo com o critério de câmbio e a sétima maior de acordo com o critério de paridade de poder de compra. Sozinho, o país é responsável por 56% do PIB total da América Latina.
Os países de renda alta são responsáveis por metade do PIB global apesar de terem só 17% da população mundial. Enquanto isso, os países de renda baixa tem só 1,5% do PIB e 11% da população.
As 6 maiores economias de renda média (China, Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e México) tem 32,3% do PIB global, taxa praticamente igual aos 32,9% reservados para as 6 maiores economias de renda alta (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália).
O Banco Mundial também conclui que os quatro países mais caros para se viver são a Suíça, Noruega, Bermuda e Austrália. Os mais baratos são Egito, Paquistão, Myanmar e Etiópia.
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