quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Zapatistas celebram 20 anos de sua insurreição no México

 




Rebeldes reivindicam autonomia de suas comunidades e reafirmam vontade de fortalecer a resistência


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01/01/2014 - 18h57 | France Press
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Foto: France Press

Milhares de simpatizantes mexicanos e estrangeiros se juntaram às bases de apoio do Exército Zapatista de Libertação Nacional
Milhares de simpatizantes mexicanos e estrangeiros se juntaram às bases de apoio do Exército Zapatista de Libertação Nacional


















Os rebeldes zapatistas do subcomandante Marcos celebraram nesta quarta-feira (1º) os 20 anos de sua insurreição no sul do México reivindicando a autonomia de suas comunidades e reafirmando sua vontade de fortalecer a resistência. Milhares de simpatizantes mexicanos e estrangeiros se juntaram às bases de apoio do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) para celebrar com uma grande festa nos municípios autônomos da região dos Altos de Chiapas (sudoeste), a região mais pobre do país e onde ficam as cinco sedes de seus órgãos de autogoverno.

O enigmático subcomandante Marcos se manteve distante dos refletores, de acordo com a discrição que mantém há alguns anos.

Marcos, que ganhou fama mundial com sua postura anticapitalista, sempre manteve seu rosto mascarado e surpreendeu o governo mexicano ao pegar em armas e declarar guerra em 1o. de janeiro de 1994, no mesmo dia em que entrou em vigor o Tratado de Livre Comércio do México com os Estados Unidos e o Canadá.

Os combates duraram 12 dias e cobraram dezenas de mortos, a grande maioria zapatistas. Depois de um cessar-fogo, iniciou diálogo sobre as reivindicações da guerrilha sobre direito à terra, moradia, educação, saúde e emprego.

Apesar de as duas partes assinarem em 1996 os acordos de San Andrés, os zapatistas interromperam o diálogo de paz pelo não cumprimento de uma reforma constitucional que garantiria sua autonomia.

Em 2003, os zapatistas criaram em seus territórios as chamadas Juntas do Bom Governo para dar autonomia às comunidades.

O governo do presidente Enrique Peña Nieto prevê promover em 2014 uma reforma constitucional para formalizar esta autonomia, afirmou Jaime Martínez Veloz, comissário para o Diálogo com os Povos Indígenas do México.



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