sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Primavera Árabe



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





























Revolução Árabe




Do topo, em sentido horário: Revolução Egípcia,Revolução Tunisiana, Revolução Líbia e protesto no Iêmen.
ParticipantesSociedades árabes
LocalizaçãoMundo árabe
Data18 de dezembro de 2010 (1693 dias)
Resultadocontínua

Primavera Árabe (em árabe: الربيع العربي , transliterado - ar-rabīˁ al-ˁarabī), como é conhecida mundialmente, é umaonda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria; também houve grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã e Iémen e protestos menores noKuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental.1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas ecomícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.12

Início[editar | editar código-fonte]






Zine El Abidine Ben Ali, o primeiro chefe de estado a ser deposto, em janeiro de 2011.



As redes sociais desempenharam um papel considerável nos recentes movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que começou em 2010 na Tunísia, para todo o Norte da África e Oriente Médio não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet.

Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria vida, daria consequência ao que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987 13 .

Evolução[editar | editar código-fonte]


O termo Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido,14 15 16 17 18 19 apesar de ter-se iniciado durante o inverno do hemisfério norte, é uma alusão à Primavera de Praga. Começou com os primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma de protesto contra a corrupção policial e os maus tratos.20 21 Com o sucesso dos protestos na Tunísia, a onda de protestos atingiu Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen,22com as maiores e mais organizadas manifestações de um "dia de fúria".23 24 25 Os protestos também provocaram manifestações semelhantes fora da região.

Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos.26 O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015,27 assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014,28 embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata.29 Protestos naJordânia também causaram a renúncia do governo,30 resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.31

A volatilidade dos protestos32 e as suas implicações geopolíticas atraíram a atenção global,33 e cogitou-se que algumas lideranças do movimento poderiam ser indicadas ao Prêmio Nobel da Paz de 2011.34

Situação por país[editar | editar código-fonte]




      Governo deposto       Governo derrubado várias vezes       Guerra civil       Protestos e mudanças governamentais
Grandes protestos       Protestos menores       Outros protestos e ação militante fora do mundo árabe















































































































































































PaísData de inícioStatusResultadoSituação
 Tunísia18 de dezembrode 2010Governo deposto em 14 de janeiro de 2011Derrubada de Zine El Abidine Ben Ali; Ben Ali e sua família fogem para o exílio na Arábia Saudita35

  • Renúncia do primeiro-ministro Ghannouchi

  • Dissolução da polícia política

  • Dissolução da RCD, o antigo partido dirigente da Tunísia,36 com a expulsão de seus membros do governo37 e liquidação de seus ativos

  • Libertação de presos políticos

  • Eleições para a Assembleia Constituinte em 23 de Outubro de 2011

  • Protestos na Tunísia em 2013–2014 contra o governo interino liderado pelos islamitas.

  • Adoção de uma nova constituição

  • Em outubro de 2014, com a eleição de um parlamento e o fim da transição, a Tunísia, torna-se uma república parlamentar unicameral.38


governo deposto
 Argélia29 de dezembrode 2010Encerrado em Janeiro de 2012

  • Suspensão do estado de emergência de 19 anos


grandes protestos
 Jordânia14 de janeiro de2011Encerrado

  • Em fevereiro de 2011, o rei Abdullah II demite o primeiro-ministro Rifai e seu gabinete

  • Em outubro de 2011, Abdullah demite o primeiro-ministro Bakhit e seu gabinete depois de queixas do progresso lento das reformas prometidas

  • Em abril de 2012, como os protestos continuam, Al-Khasawnehrenunciou, e o rei nomeia Fayez al-Tarawneh como o novo primeiro-ministro da Jordânia

  • Em outubro de 2012, o rei Abdullah dissolve o parlamento para novas eleições antecipadas, e nomeia Abdullah Ensour como o novo primeiro-ministro da Jordânia39


protestos e mudanças governamentais
 Omã17 de janeiro de2011Encerrado em maio de 2011

  • Concessões econômicas pelo sultão Qaboos

  • Demissão de ministros

  • Concessão de poderes legislativos ao legislativo eleito de Omã


protestos e mudanças governamentais
 Egito25 de janeiro de2011Dois governos derrubados (em fevereiro de 2011 e julho de 2013). Violência contínua.Derrubada de Hosni Mubarak, que mais tarde é condenado por corrupção e solicitado para ser julgado por ordenar a morte de manifestantes. Protestos sobre a imposição de uma declaração constitucional temporária pelo presidente Mohamed Morsi seguido porum golpe de Estado.

Insurgência no Sinai


  • Forças Armadas do Egito lançam operações militares anti-terroristas no Sinai.

  • Aumento da violência e ataques por insurgentes desde a queda do Morsi. 51


Dois governos derrubados
(governo Mubarak depostogoverno Morsi deposto)
 Iêmen27 de janeiro de2011Dois governos derrubados (em fevereiro de 2012 e janeiro de 2015). Violência contínua.Derrubada de Ali Abdullah Saleh; Saleh recebe imunidade judicial. Distúrbios sectários fomentados sob Abd Rabbuh Mansur Hadi, desestabilizam o país e levam a um golpe de Estado.

Dois governos derrubados
(governo Saleh depostogoverno Hadi deposto)
 Djibouti28 de janeiro de2011Encerrado em março de 2011protestos menores
 Somália28 de janeiro de2011Encerradoprotestos menores
 Sudão30 de janeiro de2011

  • Presidente Bashir anuncia que não iria procurar um novo mandato em 2015

  • O presidente Bashir, no entanto, é escolhido como candidato do partido governante para eleição de 2015 54


grandes protestos
 Iraque12 de fevereiro de2011Encerrado em janeiro de 2014

  • Primeiro-ministro Maliki anuncia que não vai concorrer a um terceiro mandato;

  • Renúncia de governadores provinciais e autoridades locais

  • Libertação de 3.000 prisioneiros,55 incluindo 600 presos do sexo feminino

  • Estado Islâmico lança ofensivas no norte do Iraque capturando Mosul e grandes porções do território

  • Potências hegemônicas regionais e extra-regionais, incluindo o Irã e os Estados Unidos, entram na guerra ao lado do governo iraquiano para derrotar o Estado Islâmico


guerra civil e mudanças governamentais
 Bahrain14 de fevereiro de2011em andamento

  • Concessões econômicas pelo rei Hamad

  • Libertação de presos políticos56

  • Negociações com os representantes xiitas

  • Intervenção do Conselho de Cooperação do Golfo, a pedido do Governo do Bahrein

  • Chefe do Aparato de Segurança Nacional removido do posto


desordem civil e mudanças de governo
 Líbia17 de fevereiro de2011Governo deposto em 23 de agosto de 2011. Violência contínua.Derrubada de Muammar Gaddafi; Gaddafi morto por forças rebeldes

Crise social e política
(governo Gaddafi depostoguerra civil em curso)
 Kuwait19 de fevereiro de2011Encerrado em dezembro de 2012

protestos e mudanças governamentais
 Marrocos20 de fevereiro de2011Encerrado em março-abril de 2012

protestos e mudanças governamentais
 Mauritânia25 de fevereiro de2011Encerradoprotestos menores
 Líbano27 de fevereiro de2011Encerrado em dezembro de 2011Protestos se encerram, mas conflito sectário se agrava devido a violência na vizinha Síria. 58

  • Caos no governo, incluindo um interregno presidencial prolongado e cancelamento das eleições parlamentares. 59


protestos e mudanças governamentais
(conflito civil em curso)
 Arábia Saudita11 de março de2011Encerrado

  • Concessões econômicas pelo rei Abdullah

  • Eleições municipais unicamente masculinas realizadas em 29 de setembro de 2011

  • Rei Abdullah anuncia aprovação das mulheres votarem e serem eleitas nas eleições municipais de 2015 e serem nomeadas para o Conselho Shura


protestos menores
 Síria26 de janeiro de2011em cursoPaís imerso em uma cruel e brutal guerra civil:60

  • Bashar al-Assad responde inicialmente com violência policial nas manifestações, mas vendo que o conflito se tornou mais intenso, e que seus oponentes começaram a dominar cidades, ordenou bombardeios aéreos e ataques de mísseis a todas as cidades sob controle rebelde, além de enviar tropas para combater.

  • Grandes deserções do exército sírio e confrontos entre soldados e desertores

  • Formação do Exército Sírio Livre

  • O Exército Sírio Livre assume controle de grandes porções de terra em toda a Síria.

  • Batalhas entre o exército do governo sírio e o Exército Sírio Livre em muitas províncias.

  • Formação do Conselho Nacional Sírio

  • Síria suspensa da Liga Árabe

  • Vários países reconhecem governo sírio no exílio

  • Combatentes curdos entram na guerra até meados de 2013


guerra civil em curso
Irão Khuzistão15 de abril de2011Encerrado em 18 de abril de 2011grandes protestos
 Israel15 de maio de2011Encerrado em 5 de junho de 2011

  • Manifestações árabes nas fronteiras de Israel


grandes protestos
 Emirados Árabes UnidosDetenções feitas em nome da segurança nacional e alguns ativistas tiveram sua nacionalidade revogada. Alguns ativistas deportados.61 62protestos menores
 Palestina4 de setembro de2012Encerrado

  • Posteriormente, o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad declara que está "disposto a renunciar"

  • Fayyad renuncia em 13 de abril 2013, mas por causa das diferenças políticas entre ele e o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas sobre o financiamento da pasta


protestos menores
Outras consequências:

  • Seis governos derrubados (Egito e Iêmen duas vezes)

  • Cinco protestos provocando mudanças governamentais

  • Cinco protestos menores

  • Cinco grandes protestos

  • Uma desordem civil provocando mudanças governamentais

  • Três guerras civis (Síria, Iraque, Líbia)



Motivações[editar | editar código-fonte]


A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso da Tunísia, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais,63 condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários64 revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.64




Uma charge política de Carlos Latuffrepresentando Hosni Mubarak em frente ao efeito dominó desencadeado pelos protestos na Tunísia.



Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.65

Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense ou do comunismo russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia.66 A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe.67

Por último, a profunda crise do subprime de 2008 e a crise climática de 2009-201268 na qual foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos.66

A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da Tunísia, a quantidade de turistas internacionais e, em especial, os europeus que recebia, promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, o governo da Tunísia é um dos menos restritivo.66

Consequências[editar | editar código-fonte]



Inverno Árabe 69 ou Inverno Islamita 70 é um termo para a violência e instabilidade em larga escala desenvolvida na sequência dos protestos da Primavera Árabe nos países do mundo árabe. O Inverno Árabe se caracteriza por extensas guerras civis, instabilidade regional geral, declínio econômico e demográfico da Liga Árabe e guerras religiosas globais entre muçulmanos sunitas e xiitas.

Ver também[editar | editar código-fonte]



Referências




  1. Ir para cima Humphrey, Shawn. "Benin, Senegal, Mauritania Impacted by Protest Movements", Yahoo!, 2011-02-24. Página visitada em 2011-02-25.

  2. Ir para cima Ibrahim, Mohammed. "Somalia: Government Forces Fire on Demonstrators, Killing 5", The New York Times, 2011-02-16. Página visitada em 2011-02-20.

  3. Ir para cima "Thousands in Yemen Protest Against the Government", The New York Times, 2011-01-28

  4. Ir para cima Posted by multiple 26 January 2011. "Protest spreads in the Middle East - The Big Picture",Boston Globe, 2011-01-26. Página visitada em 2011-02-01.

  5. Ir para cima Lebanon: Protests against Sectarian Political System Reuters (2011-02-27). Visitado em 2011-03-08.

  6. Ir para cima Mauritanie: mécontent du régime, un homme s'immole par le feu à Nouakchott (em french) Le Parisien (2011-01-17). Visitado em 2011-01-29.

  7. Ir para cima "Man dies after setting himself on fire in Saudi Arabia", BBC News, 2011-01-23. Página visitada em 2011-01-29.

  8. Ir para cima Sudan opposition leader arrested Press TV (2011-01-19). Visitado em 2011-01-29.

  9. Ir para cima Matthew Cassel (2011-01-27). Lebanon convulses on 'Day of Rage' Features Al Jazeera. Visitado em 2011-02-01.

  10. Ir para cima Morocco King on holiday as people consider revolt Afrol.com (2011). Visitado em 2011-02-01.

  11. Ir para cima "Middle East In Revolt", 2011-02-11. Página visitada em 2011-02-11.

  12. Ir para cima The Arab Uprising's Cascading Effects Miller-mccune.com (2011-02-23). Visitado em 2011-02-27.

  13. Ir para cima Um ano de Primavera Árabe, a primavera inacabada (em português) Estadão.com. Visitado em 18 de março de 2012.

  14. Ir para cima Hardy, Roger. "Egypt protests: an Arab spring as old order crumbles", BBC, 2011-02-02. Página visitada em 2011-03-09.

  15. Ir para cima Smith, Kate. "Arab 'spring' a chance for U.S. to rewrite relationships", San Angelo Standard-Times, 2011-03-08. Página visitada em 2011-03-09.

  16. Ir para cima Moisi, Dominique. "An Arab Spring?", Project Syndicate, 2011-01-26. Página visitada em 2011-03-09.

  17. Ir para cima Khalidi, Rashid. "http://www.thenation.com/article/158991/arab-spring", The Nation, 2011-03-03. Página visitada em 2011-03-09.

  18. Ir para cima Ashley, Jackie. "The Arab spring requires a defiantly European reply", The Guardian, 2011-03-06. Página visitada em 2011-03-09.

  19. Ir para cima "Arab Spring - Who lost Egypt?", The Economist, 2011-03-01. Página visitada em 2011-03-09.

  20. Ir para cima Fahim, Kareem. "Slap to a Man's Pride Set Off Tumult in Tunisia", The New York Times, 2011-01-22. Página visitada em 2011-02-01.

  21. Ir para cima Noueihed, Lin. "Peddler's martyrdom launched Tunisia's revolution", Reuters, 2011-01-19. Página visitada em 2011-02-01.

  22. Ir para cima "Inspired by Tunisia and Egypt, Yemenis join in anti-government protests", The Washington Post, 2011-01-27. Página visitada em 2011-02-01.

  23. Ir para cima "Yemenis square off in rival 'Day of Rage' protests", Arab News, 2011-02-03. Página visitada em 2011-02-06.

  24. Ir para cima "Police in south Yemen disperse 'day of rage' protests", Google, 11 February 2011. Página visitada em 13 February 2011.

  25. Ir para cima White, Gregory. "Bahrain Now Bracing For Its Own Day Of Rage After Giving Every Family $2,660 Fails", 13 February 2011. Página visitada em 13 February 2011.

  26. Ir para cima Sudam, Mohamed. "Yemen president says won't extend presidential term", Reuters, 2011-02-02. Página visitada em 2011-02-02.

  27. Ir para cima "Party: Bashir is not standing for re-election", 2011-02-22. Página visitada em 2011-02-22.

  28. Ir para cima "Iraq PM plans no re-election", 5 February 2011. Página visitada em 27 February 2011.

  29. Ir para cima "Iraq angered protesters call for Maliki resignation", 26 February 2011. Página visitada em 27 February 2011.

  30. Ir para cima "Jordanians stage anti-gov't sit-in in Amman",Xinhua, 2011-01-30. Página visitada em 2011-04-13.

  31. Ir para cima "Jordan king appoints new PM, government quits", Reuters, 2011-02-01. Página visitada em 2011-02-02.

  32. Ir para cima Bowen, Jeremy. "Mid-East unrest: The discontent shaping new Arab world", BBC News, 2011-02-18. Página visitada em 2011-02-20.

  33. Ir para cima AFP 27 January 2011 (1986-01-28). Unrest across the Arab world The Vancouver Sun. Visitado em 2011-01-29.

  34. Ir para cima Arab protests attract Nobel interest: News24: World: News News24 (2011-01-31). Visitado em 2011-02-08.

  35. Ir para cima Tunisia riots: President Ben Ali flees as chaos hits country, The Telegraph, January 14, 2011.

  36. Ir para cima Tunisia's former ruling party disbands leadership, joins with new government, Los Angeles Times, January 21, 2011.

  37. Ir para cima Allies of deposed president removed from Tunisia's transitional government, Irish Times, January 28, 2011.

  38. Ir para cima "Tunisian elections intensify focus on alliances",Al Monitor, 14 September 2014.

  39. Ir para cima "Jordan's king appoints new PM to form new government – CNN.com", Edition.cnn.com, 11 October 2012.

  40. Ir para cima Mohamed Morsi ousted in Egypt's second revolution in two years The Guardian (4 July 2013).

  41. Ir para cima Prosecution orders arrest of leading Brotherhood members Al-Ahram (10 July 2013).

  42. Ir para cima Former Brotherhood supreme guide Akef arrested Al-Ahram (4 July 2013).

  43. Ir para cima Muslim Brotherhood's second-man El-Shater arrested: Security official Al-Ahram (6 July 2013).

  44. Ir para cima "Egypt arrests 2 more Islamist figures: hard-line cleric, a spokesman for Muslim Brotherhood", Fox News, 21 August 2013.

  45. Ir para cima "Egypt: Police arrest Muslim Brotherhood chiefs Mohammed el-Beltagy and Khaled Al-Azhari", The Independent, 30 August 2013.

  46. Ir para cima ver 41 42 43 44 45

  47. Ir para cima "Egyptian court bans Muslim Brotherhood",Reuters, 23 September 2013.

  48. Ir para cima Egypt government declares Muslim Brotherhood 'terrorist group' Al-Ahram (26 December 2013).

  49. Ir para cima Egypt court sentences 528 Morsi supporters to death BBC (March 24, 2014).

  50. Ir para cima Egypt court sentences hundreds of Muslim Brotherhood supporters to death CNN (April 29, 2014).

  51. Ir para cima Clashes in Sinai over Morsi removal Ahram Online (5 July 2013).

  52. Ir para cima «Yemenis in anti-president protest», Irish Times. (em inglês)

  53. Ir para cima BAKRI, NADA. «Thousands in Yemen Protest Against the Government», The New York Times. (em inglês)

  54. Ir para cima ABDELAZIZ, KHALID. "Sudan's Bashir chosen by ruling party as candidate for 2015 elections",Reuters, KHARTOUM, 21 October 2014.

  55. Ir para cima Iraq protestors win first demand:Release of 3,000 prisoners.

  56. Ir para cima El rey de Bahréin ordena liberar a varios presos políticos - 20 minutos

  57. Ir para cima En Libye, le gouvernement impuissant face au pouvoir des clans, Le Figaro

  58. Ir para cima Lebanon Under Fire | Special | The Daily Star.

  59. Ir para cima "Lebanese parliament delays June election, deepening drift", Reuters, 31 May 2013.

  60. Ir para cima Siria: la cronología de un conflicto que salda a sangre y fuego - RT

  61. Ir para cima Tensions Beneath the Stability in the U.A.E. - NY Times

  62. Ir para cima UAE: End Trial of Activists Charged with Insulting Officials Amnesty International (17 July 2011).

  63. Ir para cima Andrey Korotayev, Julia Zinkina. Egyptian Revolution: A Demographic Structural Analysis.Entelequia. Revista Interdisciplinar 13 (2011): 139-165.

  64. Ir para:a b Fuentes, Pedro; Túnez: El significado de la primera revolución democrática árabe del Siglo XXI (Consultado em 30 de janeiro de 2011).

  65. Ir para cima Goytisolo, Juan; El País: Revolución democrática en el Magreb. (Consultado em 30 de janeiro de 2011).

  66. Ir para:a b c Historia de Ahora; La revolución de Túnez y su expansión por los países “árabes”. 28 de janeiro de 2011 (consultado em 30 de janeiro de 2011).

  67. Ir para cima Ban Ki-moon pede apoio à Primavera Árabe, acessado em 24 de setembro de 2011

  68. Ir para cima Mudanças climáticas precipitaram a Primavera Árabe

  69. Ir para cima Middle East review of 2012: the Arab WinterTelegraph.co.uk (31 December 2012).

  70. Ir para cima Arab Spring into Islamist Winter: Implications for U.S. Policy The Heritage Foundation.



Ligações externas[editar | editar código-fonte]




Um comentário: